Lubrificaçao Industrial

domingo, 12 de dezembro de 2010

LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS: OS MITOS E AS VERDADES.

Vamos retroceder no tempo para termos consciência da importância desse produto.

Na Antiguidade, o comércio deu seus primeiros passos e as mercadorias necessitavam atravessar distâncias cada vez maiores. As mulas já não eram mais suficientes e foram criados os carros de boi e as charretes. Como não existia rolamento, o “cubo” era lubrificado com gordura animal. Este foi o princípio da lubrificação. Mas como tudo tende a evoluir, vamos abordar o assunto de maneira técnica e atual.


História
Os primeiros motores a combustão datam no início do século XX. Eles eram pouco potentes e desenvolviam baixas rotações por minuto (rpm’s), portanto, podiam funcionar com lubrificantes de base mineral pura, sem adição de aditivos. A classificação que a API (American Petroleum Institute) ou Instituto Americano de Petróleo dava ao lubrificante utilizado era a SA. Esta classificação é obsoleta e foi a que equipou, aliás, lubrificou os primeiros motores. Após alguns anos, com a evolução dos projetos motorizados, surgiram as classificações SB, SC, SD…elas foram utilizadas até 1971 (SD) e já possuíam aditivos misturados em sua composição, a fim de melhorar o desempenho da lubrificação.



Óleos Sintéticos e os óleos de base sintética?
Eles surgiram em meados da década de 1930, época em que Alemanha, Itália e Japão tinham dificuldade em obter petróleo para aplicar em seus veículos militares da II Guerra Mundial. A Alemanha foi a pioneira nessa tecnologia. Hoje, os óleos 100% sintéticos são os de custo mais elevado, pois há em sua composição materiais leves e nobres, livres de hidrocarbonetos, enxofre e nitrogênio, que são encontrados nos de base mineral.


Óleos Semi-sintéticos e minerais
Os semi-sintéticos possuem uma média de 80% de sua composição mineral e 20% sintética. Já os minerais possuem 100% de sua base mineral, porém, vale lembrar que os três tipos agora citados têm porcentagens de aditivos adicionados. O sintético está entre 25% de seu total, assim como o semi-sintético. O mineral possui um valor em torno de 15% de seu total. Mas ainda faltam algumas letrinhas quanto à classificação API: SE, SF, SG, SH, SJ, SL e a mais recente de todas: a SM. Você deve estar na dúvida de qual usar, mas calma, é muito simples. A letra “S” significa Service Station, ou seja, estação de serviço ou nível de serviço. As letras que seguem o S, sejam elas G, H, J até a M, referem-se a categoria de desempenho e conseqüentemente a ordem cronológica de lançamento. Portanto, é possível utilizar em veículos mais antigos lubrificantes de classificação API com um nível superior ao original indicado, desde que a viscosidade seja respeitada. Ex: um veículo da década de 80 que utilize óleo de classificação API SF 20W50 ou SG 20W50 poderá andar sem risco de avarias, com um SJ 20W50 ou SL 20W50. Ao decidir evoluir na classificação do lubrificante aplicado no veículo, lembre-se de substituir o filtro de óleo, pois o volume retido em seu interior poderá reagir com o novo lubrificante aplicado. O que não é recomendado é que se faça o inverso, ou seja, aplicar um óleo de classificação API inferior ao recomendado pelo fabricante do veículo ou motor em questão.


Universal

Já que estamos falando de entidades internacionais que avaliam e classificam o óleo após testes rigorosos, iremos desvendar a SAE -Society of Automotive Engineers – traduzindo Sociedade dos Engenheiros Automotivos. Essa entidade é a mais antiga no ramo de classificação para lubrificantes automotivos, definindo faixas de viscosidade e não levando em consideração os requisitos de desempenho. Atualmente existem inúmeros produtos no mercado e, com isso, sempre surge a dúvida. Qual comprar ou indicar ao cliente? O 5W30? O 10W40? ? O ideal para altas quilometragens? O correto é sempre seguir o orientado pelo fabricante do veículo e não simplesmente ir atrás daquela propaganda de TV tão tentadora…



Classificação
Vamos ver o que esta classificação nos diz. Exemplo: óleo lubrificante de base mineral 20W50. O primeiro número (20) é o grau de fluidez e viscosidade a baixas temperaturas (desde negativas até 15°C). Quanto menor o número, melhor a fluidez do lubrificante nestas condições. O “W” significa Winter (em inglês inverno. Serve de ligação ao segundo número). O número que vem em seguida indica o nível de viscosidade a 100°C (altas temperaturas). Quanto maior for o número, mais viscoso (grosso) será o lubrificante. Os lubrificantes modernos possuem esta característica de multiviscosidade, pois um veículo que é fabricado na Europa, por exemplo, deve rodar normalmente em um país tropical, com temperaturas mais elevadas. Daí a necessidade de controlar esta característica físico-química que esse tipo de fluido possui, porque quanto maior a temperatura, menor será a viscosidade e vice-versa.


MILER CLEWSTON DE MARCHI
Tecnico em Mecanica Industrial
Representante Tecnico-Comercial
17 - 9119.5050 milerdemarchi@gmail.com
http://www.chemlub.com.br/
Lider em Lubrificantes de Alta Performance

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